VOLUME 1 - PRÓLOGO
- universowhiteroom
- 7 de out. de 2021
- 2 min de leitura
MÓNOLOGO DE AYANOKÕJI KIYOTAKA
A sociedade Japonesa

Eu sei que isto é meio repentino, mas, por favor, só levará um momento. Quero sua opinião honesta...
"As pessoas são iguais ou não?
Uma sociedade adequada lutará constantemente pela igualdade. Há aqueles que clamam para que homens e mulheres sejam sempre considerados iguais. Como resultado, aumentamos a taxa de emprego para as mulheres, fizemos metrôs especializados somente para as mulheres. Às vezes, as mulheres até discutem sobre a ordem dos nomes em um registro familiar.
A opinião pública das pessoas com deficiência também mudou. Agora nos dizem que não devemos usar o termo ‘‘pessoas com deficiência’’ quando nos referimos a elas, a fim de não discriminar. Hoje em dia, as crianças são ensinadas que todas as pessoas são criadas iguais.
Mas será que isso é verdade? Eu tenho minhas dúvidas. Se homens e mulheres têm habilidades diferentes, então seus papéis também devem ser diferentes. As pessoas com deficiências ainda são deficientes, não importa o eufemismo educado que se utilize. Não importa como você tente desviar seus olhos, o significado da palavra não muda.
Portanto, minha resposta seria: ‘‘Não, nós não somos iguais’’. Ser humano é ser desigual. A igualdade não existe.
Há muito tempo, numa era passada, um grande homem dizia que o céu não coloca um homem acima ou abaixo de qualquer outro. Entretanto, ele não aderia necessariamente à ideia de que todos são iguais. Você sabia que há mais a essa famosa passagem?
O resto é assim: Todos são iguais quando nascem, então eu pergunto: por que vemos diferenças de posição e status? E continua assim: Você encoraja ou não a aprender a criar uma diferença?
Então, a educação cria um desequilíbrio. O ponto está escrito lá fora, na incrivelmente famosa obra Gakumon no Sume[1]. Ainda que estejamos no século 21, a era moderna, nada sobre estes ensinamentos mudou. A situação só tem se tornado mais complexa e cheia de trabalho. Em todo caso, somos seres humanos. Somos seres vivos e criaturas pensantes.
Não acho correto simplesmente dizer que somos desiguais e depois viver nossas vidas com base em puro instinto. Em outras palavras, embora igualdade seja uma mentira completa, também não posso aceitar algo como desigualdade. Neste momento, estou tentando encontrar uma nova resposta para a pergunta eterna da humanidade.
Ei, você aí... Você, aquele que está lendo este livro agora mesmo, já pensou seriamente sobre o futuro? Você já considerou o propósito de ir para a escola ou faculdade? Embora o futuro possa parecer confuso neste momento, você acha que um dia vai encontrar um emprego?
Era o que eu costumava pensar. Quando terminei meu ensino fundamental e me tornei um estudante do ensino médio, eu não havia pensado no futuro. Eu só tinha sentido alegria de estar quase livre de obrigações.[2]
Eu não considerava a incrível influência que a escola continuaria a ter em minha vida, em meu futuro. Eu nem mesmo entendia o propósito por trás do estudo da língua ou dos números.
[1] ‘‘Um Incentivo ao Aprendizado’’ de Yukichi Fukuzawa aborda sobre princípios centrais de liberdade e igualdade como meta de qualquer indivíduo e nação. [2] No Japão, o ensino fundamental é obrigatório para os cidadãos japoneses.
コメント